quarta-feira, 6 de novembro de 2019

De pés e cabeça nas nuvens! Quando a Magia acontece… é simplesmente… ESPECIAL




E chegamos ao fim de mais um projeto, o Projeto “Sobe, sobe Balão sobe” e é tempo de reflexão, de pensar no que tínhamos planificado, no que se concretizou, no que não se concretizou, no que surgiu além do planeado, na importância para cada criança, para cada grupo, para a instituição. É tempo de reflexão, um momento tão importante para o nosso crescimento enquanto profissionais e para o trabalho que desenvolvemos nas nossas salas, pensar no que fizemos, no que correu bem, no que correu menos bem, no que podemos melhorar… REFLETIR…



O Projeto “ Sobe, sobe Balão sobe”



No nosso Ninho dos Corujinhas acreditamos que é importante usufruir do que o Meio tem para nos oferecer, e na nossa vila de Coruche ocorreu o Evento Festival de Balonismo como já acontece há alguns anos. Além disso, na nossa zona,  é usual observar balões a flutuar no céu pois há uma empresa (Windpassenger) sediada em Coruche que promove esse tipo de experiências, e temos tido o privilégio de testemunhar esses momentos com as nossas crianças, e as reacções são sempre marcadas por uma alegria muito espontânea, um brilho no olhar de encantamento. E por isso mesmo, porque acreditamos que os projetos devem nascer do interesse/gosto das crianças, fazia-nos todo o sentido a realização deste projeto .



E tudo começa com uma canção…


Porque a música é um recurso que estimula, que motiva, que põem o corpo e consequentemente a alma a mexer, consideramos que seria o ponto de partida… e escolhemos “ Sobe, sobe, Balão sobe” de Manuela Bravo… um risco! Uma sonoridade diferente, uma música de outros tempos… mas a intenção foi mesmo essa, uma música que não fizesse parte do repertório infantil, mas que fosse apelativa ao ouvido, o que acontece sobretudo na parte do refrão. A canção base foi a original, no entanto, lançamos um desafio a alguns artistas para que nos enviassem as “suas “ versões, recebemos 5 partilhas ( Ana Roque; Mária Silva; Charanga os Batatas; Diana Silva; Laura Macedo e Coro Assecor), todas diferentes, e todas muito especiais, umas destacando mais voz, outra destacando mais parte instrumental, umas num estilo, outras noutro estilo, uma das apresentações foi ao vivo… e este desafio resultou em partilhas que enriqueceram em muito o projeto, e a música foi, de um modo natural, interiorizada pelas crianças, um aspeto curioso, no primeiro dia de Festival, ao observarem os balões as crianças começaram a cantar a música para ajudar os balões a voar...








Era uma vez…


Um outro recurso que utilizamos foi uma história, “ O Maior Balão do Mundo” uma adaptação da história o Nabo Gigante. O elemento principal foi um Balão Gigante, uma vez que durante o festival também foi apresentado o Maior Balão do Mundo, uma história simples em que integramos alguns animais incidindo na contagem dos mesmos, nos sons, também incluímos a parte da interajuda para se conseguir pôr o balão a voar… a história aparece com o objetivo de estimular a capacidade de IMAGINAR, de nos levar a voar pelo mundo do faz de conta. A história era composta por uma caixa mágica com vários elementos, a imagem real do Balão, imagens reais dos animais , o chapéu do sr Manel que o narrador utilizou durante a contagem da mesma, a nuvem fofa, lenços de cor (cor que o balão espalhou pelo céu). A história tinha uma certa sonoridade repetitiva…  1,2,3 e sopraram, sopraram… e foi muito facilmente interiorizada pelas crianças e começaram elas próprias a reproduzi-la.

Através da história todos fizemos viagens no Balão Gigante, brincamos nós próprios de balões a voar, o soprar para ajudar o Balão a subir ao céu, os sons dos animais… as histórias têm este poder de nos levar pelo mundo da Imaginação e por isso acreditamos que é um recurso muito importante. 





Exposição Balões Mágicos







O Balão Maior do Mundo é cheio de cor, e por isso mesmo queríamos brincar com cores, mexer em cor, escolher… e cada criança decorou um balão utilizando vários materiais de expressão plástica. Além disso, em conjunto, com todas as salas decoramos um Balão Gigante… mas achamos que poderíamos envolver mais parceiros, e lançamos um desafio ao CRIC (Centro de reabilitação e integração de Coruche), ao Centro de Dia de Coruche, ao Centro de Geriatria de Santo Antonino, à Academia de estudo CAD Coruche ( ATL), à associal Fajarda (centro de dia)… e todos procederam à decoração de um molde de balão e registo “ O que observo do Balão Mágico?”, trabalhos estes que integraram uma exposição que fizemos na entrada da nossa instituição, e que foi visitada por alguns dos parceiros, e foi bastante explorada pelas nossas crianças, e havia tanto para descobrir (cores, texturas…).

Com esta exposição os balões tornaram-se realmente mágicos, não eram meros elementos decorativos de vidros, eram recursos que permitiram muitas explorações. Além disso o envolvimento dos parceiros veio em muito enriquecer o projeto, e quando as colegas das instituições iam-nos dizendo como estava decorrer, o envolvimento dos seus utentes, o orgulho com que nos entregaram os balões comprovou isso mesmo… e a Partilha não se ensina, vive-se!  



O Desafio Musical e Desafio Balões Mágicos não estavam inicialmente planeados, mas acreditamos que as planificações devem ser abertas ao que poderá surgir, e podemos não realizar algo que tínhamos planeado, e fazer uma outra atividade, o importante é estarmos atentos ao que as crianças nos transmitem, ao modo como se envolvem no projeto, ao que podemos acrescentar ou retirar em função do significado que o projeto tem para elas, mais importante que cumprir rigidamente planificações, é viver na realidade os projetos… estes dois Desafios permitiram que o projeto deixasse de ser do Ninho dos Corujinhas e passasse a ser de todos os parceiros envolvidos… e que bom foi receber alguns a visitar a Exposição, e aos que não foi possível fomos nós visitar para partilhar a história, a canção, o projeto que afinal se tornou de todos nós…









E a Magia acontece…


E estar ao lado das nossas crianças a vê-las a observar os balões a Flutuar no céu… é um privilégio, as manifestações de alegria, os sorrisos, o apontar, o soprar, o cantarem a “nossa” canção… o começarmos por um projeto no Ninho dos Corujinhas e envolver vários parceiros, haver momentos de encontro entre gerações, haver partilha... é a Magia acontecer de um modo tão espontâneo… a isto se chama CRESCER FELIZ! 



1 comentário:

  1. Parabéns! De facto um projecto dinâmico, cheio de vida e cor, uma inspiração!

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