segunda-feira, 20 de maio de 2019


ONDE  ESTÁ O SOBREIRO MÁGICO?


Podemos falar de Sobreiros e cortiça, de rolhas e tantos outros materiais, podemos observar imagens reais, podemos, podemos… mas não há  como explorar o real. 


No âmbito do nosso projeto “ Viver Coruche, capital mundial da cortiça” uma das atividades que planeamos foi visitar uma zona de Sobreiros, é algo que obriga a alguma logística pois tínhamos de nos deslocar de carro, no entanto, tudo é possível quando se quer… a estratégia passou por levar pequenos grupos, o que até se tornou benéfico pois permitiu que cada criança usufruísse do “seu” tempo de exploração com maior qualidade, estando centrada no que mais lhe interessava.


Quando planificamos as atividades definimos alguns objetivos, no entanto, surgem novos caminhos através do modo como cada criança faz as suas próprias descobertas… umas centram-se mais na árvore, outras nas folhas e ramos, umas estão mais retraídas, outras mais desinibidas… mas é um privilégio ver o modo como vão descobrindo, como vão explorando, como se vão posicionando no próprio espaço e a relação que estabelecem com os vários elementos da Natureza… podemos permitir o contato com a Cortiça através de pedaços da mesma, mas o estar ali, perante o Sobreiro, tocar na cortiça que o “ abraça”… é um DESCOBRIR com todos os sentidos… sentir texturas, cheiros, sabores, sons, observar… é um descobrir no real o que se traduz em momentos de crescimento para cada uma das crianças tendo em conta os seus interesses, o seu ritmo de exploração…


Numa fase inicial, e estando num espaço desconhecido, as crianças estão um pouco dependentes do adulto para que as conduza naquele mesmo espaço. A minha estratégia passou por passar a confiança necessária para que cada criança partisse à descoberta, e eu própria fui-me apropriando daquele espaço, toquei nos Sobreiros, apanhei folhas e paus, e ao verem isto as próprias crianças começaram elas as suas explorações, e passado um instante cada uma estava envolvida naquele espaço. 

A Natureza, e os seus elementos, torna-se uma verdadeira “ Caixa de Tesouros” e é um privilégio ver o envolvimento das crianças com o que faz parte do meio que nos rodeia… e assim a CRESCER SOMOS FELIZES!

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