sábado, 30 de dezembro de 2017

As caixas mágicas!!!

A importância dos materiais para os projetos de sala

" A escolha de materiais deverá atender a critérios de qualidade e variedade, baseados na funcionalidade, versatilidade, durabilidade, segurança e valor estético. A utilização de material reciclado (caixas de diferentes tamanhos, bocados de canos, interior de embalagens, bocados de tecido, pedaços de madeira, fios, etc), bem como material natural (pedras, folhas, sementes, paus) podem proporcionar inúmeras aprendizagens e incentivar a criatividade, contribuindo para a consciência ecológica e facilitando a colaboração com os pais e a comunidade" (OCEPE.pág.29)

As caixas mágicas...
A construção das caixas mágicas começaram quando comecei utilizar a estratégia "E tudo começa com Era uma vez...", além de ter o livro como suporte (sempre) precisava de ter outros elementos capazes de surpreender os pequenotes, que despertasse a sua curiosidade, que estimulasse a descoberta com todos os sentidos. E assim foram surgindo as caixas mágicas, e cada uma é única pois parte de cada história e dos seus elementos principais. Pessoalmente são materiais que enriquecem muito os projetos pois é como se cada livro ganhasse vida, mais do que o sentido estético dos materiais que estão na caixa é a experiência sensorial que cada um nos proporciona o que se traduz no envolvimento das crianças. Para mim é um suporte muito importante pois permite-me viver com eles experiências de descoberta divertida, e é um privilégio observar essas mesmas descobertas, observar o que mais desperta a atenção de cada um, o modo como cada criança faz a sua exploração...
Assumo-me como uma educadora e não decoradora, não tenho jeito, não tenho paciência, não quero sê-lo, e o importante não é ter materiais visualmente bonitinhos, o importante é serem elementos de descoberta, de estimulo da curiosidade...
Cada caixa é única, cada caixa é uma experiência, cada caixa é mais do que uma mera caixa, cada caixa é feita de pedaços de Magia!!

E assim a crescer somos Felizes!








sábado, 23 de dezembro de 2017


Era uma vez...
A Estrela Mágica

A noite já tinha chegado à aldeia, e das janelas das casinhas via-se a luz que as iluminava.

A hora dos meninos irem para a cama aproximava-se, e em todas as casinhas da aldeia os pais repetiam a mesma coisa:

- Está na hora de dormir!

Na casa da Maria a mãe já a tinha chamado para ir dormir mas ela estava à janela a olhar, estava tão concentrada a olhar que nem percebeu que a mãe estava ali ao seu lado. A mãe não estava com boa cara, já tinha dito uma vez, duas vezes, três vezes para a Maria ir para a cama, e ela continuava a olhar pela janela, e olhava, olhava, olhava. A mãe já com cara de poucos amigos perguntou-lhe porque é que não ia para a cama e estava ali especada a olhar pela janela. A Maria disse-lhe que estava a observar o céu porque tinha visto uma estrela a fugir e queria perceber se as estrelas estavam a cair. A mãe sorriu para ela, pegou-a ao colo e colocou-a na cama e disse-lhe que o que ela tinha observado era uma Estrela Cadente. A Maria fez uma cara estranha porque nunca tinha ouvido aquela palavra, a mãe contou-lhe que era uma estrela mágica que voa pelo céu espalhando magia, e que só de vez em quando é que as pessoas conseguem ver as estrelas cadentes, e quando isso acontece podem pedir um desejo. Mas já era um pouco tarde, e por isso a mãe deu um beijinho à Maria, aconchegou-a na cama, deu-lhe mais uma beijoca e disse— lhe uma noite cheia de sonhos coloridos e alegres.

A Maria ficou a pensar naquilo que a mãe lhe tinha contado sobre a estrela mágica, e pouco a pouco foi fechando os olhos e adormeceu. Nessa noite a Maria teve um sonho muito especial, sonhou que tinha um foguetão e que viajou pelo céu estrelado, ela passou por estrelas pequenas e por outras maiores, e procurou, procurou, procurou a sua estrela cadente que não era muito grande mas que era tão brilhante. Depois de muito viajar no seu foguetão avistou uma luz a riscar o céu, era ela, a sua estrela mágica! O foguetão aproximou-se da estrela cadente, a Maria olhou para ela e disse-lhe que a tinha procurado por todo o céu estrelado para lhe pedir o seu desejo. De repente surge uma luz enorme e a Maria não conseguia abrir os olhos. Quando abre os olhos fica surpreendida pois vê à sua frente a mãe que acabara de abrir a janela para deixar entrar a luz do sol e lhe dizia que estava na hora de levantar. A Maria senta-se na cama, ainda meio a dormir, olha para a janela e percebe que o céu estrelado deu lugar a um céu azul, ela olha para o Sol e diz baixinho: “ Sol, diz à estrelinha que o que eu desejo é que dê sorrisos a todas as pessoas do mundo!”.
Com muito carinho, abracinhos e beijocas
Ana Luísa
QUANDO AS FAMÍLIAS VÊM À SALA!

" A colaboração dos pais/famílias, e também de outros membros da comunidade, o contributo dos seus saberes e competências para o trabalho educativo a desenvolver com as crianças, é um meio de alargar e enriquecer as situações de aprendizagem" (OCEPE; pá.32)
Que bom é receber os pais/famílias nas nossas salas e ter estes momentos em conjunto é tão enriquecedor para todos:
Para as crianças porque percebem que há uma relação de confiança e que a sala é de todos nós (crianças, equipa, família) e todos temos um objetivo principal, que os pequenotes estejam bem, estejam FELIZES!
Para nós equipa que com este momento viemos enriquecer o nosso projeto de Natal em sala, pela componente musical mas também por nos possibilitar experiências reais incidindo em valores tão importantes como Partilha; Carinho, O Amor, que bom foi o estarmos juntos ( da simplicidade é que acontecem momentos verdadeiramente mágicos)...
Para as famílias porque sentem que também elas fazem parte do projeto que é de todos nós e que são parte integrante;
Um concerto mais pequeno do mundo mas com tão grande expressividade para o nosso projeto de sala que só faz sentido assim...


domingo, 17 de dezembro de 2017


Festa de Natal da Instituição

Ontem foi dia da Festa de Natal da nossa Instituição, Creche e Jardim Infantil de Benavente. Enquanto sala, integramos este momento no nosso Projeto “ Natal é ESPECIAL!”, fazendo parte de um conjunto de atividades relacionadas com esta temática. A atividade, planeada em conjunto com a outra sala 2 anos (2A), procurou incidir sobre vários elementos/símbolos do Natal, e por isso planificamos um desfile de Natal em que tivemos; árvore de Natal; presentes, estrelas, sinos e Pai Natal. Além dos símbolos, também incidimos em diferentes canções de Natal. Por isso mesmo o que apresentamos em palco aos familiares/comunidade resulta de um trabalho que integra um projeto de sala, constituído por outras atividades, que se interligam entre si, e procuram integrar as várias áreas de desenvolvimento.

Enquanto profissional de educação, acredito que o que apresentamos à comunidade é mais do que uma mera apresentação de atividade é o resultado de um percurso em que fizemos tantas descobertas, descobrimos cores, sons, cheiros, sabores, texturas, descobrimos o Natal com todos os nossos Sentidos!! A diferença entre este projeto e outros que temos desenvolvido em sala, é que nesta apresentação há uma maior visibilidade ( o que não se traduz numa maior ou menor importância).

Mas Festa de Natal da Instituição é sempre motivo para sentir “borboletas na barriga”, não pelo medo de falhar, mas sim por não conseguirmos que os nossos pequenotes se sintam à vontade para se expressar pois estarão num espaço diferente da nossa salinha, num palco, luzes, muitas pessoas…( se para nós adultos é assustador, imaginemos para os pequenotes)

Como vencer “ borboletas na barriga”? (não há receitas, há modos de encarar as situações o que é diferente de pessoa para pessoa)

1º Acreditar nos nossos pequenotes, valorizar as capacidades de cada um, respeitar as fragilidades de cada um- eles são sempre os protagonistas dos nossos projetos (eles são o mais importante de tudo)

2º Os profissionais que somos não se resume a uma atividade, a uma apresentação- é um percurso que se faz ao longo de vários meses em que temos de ter sempre a mesma energia (não devemos dar tudo de nós apenas em momentos como estes e no resto do ano letivo limitar- nos a estar)

3º Tal como acontece durante todo o ano letivo, para os nossos pequenotes nós somos as suas referências, é em nós que confiam, se houver medos é de nós que eles precisam (do nosso abraço, do nosso carinho, das nossas beijocas)

4º Não há falhas, não há recriminações - não fizeram a roda, não fizeram o passo (…) isso não interessa nada, mais importante é perceber como cada um vivenciou aquele momento, reflectirmos sobre a atividade como um momento de um projeto;

5º As famílias não estão lá para nos julgar, estão fazendo parte do nosso projeto de sala, são os nossos parceiros, e fazendo parte do caminho que vamos percorrendo ao longo do ano percebem que aquele é um momento que integra um percurso. Que bom é olhar para nossa frente e ver “os nossos pais” com aquele olhar “ estamos aqui convosco”- e isso dá-nos a confiança que obrigatoriamente temos de ter para que os nossos pequenotes também tenham confiança (se eles nos sentirem inseguros, como se sentirão confiantes?)



E assim foi a nossa participação na Festa de Natal da Instituição, agora é tempo de continuar em sala o nosso projeto rentabilizando os materiais utilizados, é tempo de continuar a viver o Natal de um modo estimulante e divertido pois…

A Crescer somos Felizes!
Imagem relacionada

Projeto “ Natal é especial!”

O que vamos fazendo???

E tudo começa com…

A história “ Natal nas Asas do arco iris “ (Alice Cardoso)

a)Hora do Conto

O primeiro passo- elaboração dos materiais para apresentação da história- caixinha Mágica! (caixa composta por vários elementos que procuram estimular a descoberta com todos os Sentidos- imagem menino triste; adereços da fada ; bolas de cor; bolas sabão, lanterna com bola luminosa; caixa de música; saco cheirinho de natal) + livro (leitura das imagens)

Segundo passo- hora de conto, que se repete em vários momentos- curioso- numa primeira fase a surpresa; nos momentos seguintes- o antecipar do que está na caixa; o ir recontando a história



b) canção da cores pois tem a ver com as bolas de cor coloridas- uma canção nada natalícia mas que se liga ao tema das “ Cores” ( com este projeto iniciamos a descoberta das cores do mundo que nos reodeia)

c) exploração de livros de Natal- adoraram sobretudo um livro que junta imagem com som, alusivo ao Natal; que bom ouvi-los a afazer o oHHHH do pai Natal!!

d) A minha árvore de Natal- pintura com pincel; aplicação pedaços de eva brilhante- estimular desenvolvimento motricidade fina; uso das várias cores da história

e) participação das famílias- elaboração presente para placar da sala com mensagem de Natal- material esse que serve para explorar vários elementos de Natal (rena, estrelinha, bola, presente…)

f) Visita aos vários espaços da Instituição (entrada e outras salas)- a Insituição está vestida a rigor para receber o natal, muito brilho, muita cor!!Mas porque não rentabilizar estes materiais? Adoram sair do nosso espaço e ir descobrir os outros espaços , descobrir o Natal nas outras salas, e temos feito tantas descobertas!!Além disso há o perceber que para além da nossa sala há outros espaços.

G) FESTA DA SALA DE ENTREGA DO PRESENTE AOS PAIS/FAMILIAS- momentos em que temos as famílias nas nossas salas são sempre momentos de uma enorme riqueza; e há um fio condutor, fizemos um presente e vamos entregar a alguém ( Natal não é só receber); - sobre este tópico vou ainda refletir num texto

h) Festa de Natal da Instituição- também vou refletir num só texto

i) explorar as cores- através plasticina, legos, papel de várias cores , caixinha de tules, caixa bolas coloridas

j) Canções de Natal- exploração de várias canções de Natal , normalmente recorrendo a diversos instrumentos musicais

(…)

E assim vamos vivendo o Natal na nossa sala, procurando estimular a curiosidade dos nossos pequenotes, procurando que nestas descobertas cresçam FELIZES !!

Aventura na sala 2 anos!!

Neste ano letivo estou na sala 2 anos, com 13 pequenotes, e para me acompanhar nesta aventura conto a ajuda da minha colega de sala Maria João. Este grupo vem comigo da sala 1 ano, à exceção de uma criança. No ano letivo anterior, a estratégia que utilizamos foi tudo começa com uma canção pois numa fase inicial observei o interesse deles pela música que estimulava todos os seus sentidos, o que se manifestava por um enorme envolvimento nas atividades. Alguns temas que desenvolvemos estavam inseridos nos habituais (aqueles que não conseguimos mesmo fugir!!), mas também conseguimos ir por outros "caminhos" e abordar temas a partir dos seus interesses, como por exemplo, as emoções e o gostar do Eu e do outro ( o que teve como base canção dos HMB " O Amor é assim"). Apesar de tudo começar com uma canção procurava desenvolver atividades que integrassem as outras áreas de desenvolvimento.
Na sala dos 2 anos, a estratégia é tudo começa com ERA UMA VEZ..., tudo começa com uma história, ainda que continuemos a integrar todas as outra áreas

Aventura na sala 2 anos


Ao iniciar o ano letivo, e tendo em conta as observações iniciais de cada criança e do grupo, verifiquei que revelavam interesse pelo explorar de livros, pelo ouvir de histórias, tendo sido atividades que desenvolvi no período de adaptação. Tendo em conta o que observei do meu grupo de crianças, ao delinear o projeto pedagógico da minha sala defini como estratégia inicial de abordagem dos temas começar sempre com uma história.
 E a partir daqui já o próprio grupo começa a antecipar este nosso momento de “ Hora do Conto”, basta ver-me de livro e adereços na mão (sejam fantoches, sejam bonecos, seja eu vestida de fada…) que se nota o seu entusiasmo, a sua curiosidade para o que se vai passar.

A história é o início de todos os nossos temas mas também funciona como o fio condutor das atividades que vão sendo planificadas e que engloba todas as áreas. Neste momento, e pelas observações que faço do meu grupo de crianças posso afirmar :

Ler para crianças pequenas é importante porque...

- As crianças começam a apreciar e a valorizar a leitura de histórias (alicerces  para a formação de bons leitores)

- As crianças começam a valorizar  e a apreciar o livro através do prazer que lhes dá (têm curiosidade em manipular o livro fazendo-o com diversão, expressando alegria através do sorriso genuíno que as crianças têm)

- A escuta de histórias proporciona momentos prazerosos em grupo, estimula o seu imaginário, permite ampliar o seu vocabulário, possibilita a socialização entre as crianças (…)

sábado, 16 de dezembro de 2017

Perfil do Educador OTIMISTA





 




1.     O educador otimista é aquele que por melhor que seja pode sempre melhorar.

2.     O educador otimista é aquele que acredita que a mudança é possível em qualquer momento da carreira profissional e da vida.

3.     O educador otimista é aquele que sabe que a forma como olha, interpreta e senta a realidade determina em muito essa mesma realidade.

4.     O educador otimista é aquele que, em Portugal, vai contra a cultura do desânimo e da crítica.

5.     O educador otimista é aquele que olha para o futuro, mais do que para o passado.

6.     O educador otimista é aquele que acredita que  “destino não está marcado”.

7.     O educador otimista é aquele que acredita que pode- e deve- transformar sonhos em realidades.

8.     O educador otimista é aquele que nunca esquece que tem nas mãos uma parte central do seu próprio futuro e do dos seus educandos.

9.     O educador otimista é aquele que se conhece bem e que sabe o que faz e porque o faz; é por isso que transforma cada ato educativo numa tomada de decisão bem alicerçada.

10.                       O educador otimista é aquele que “pensa positivo” vendo o melhor e esperando o melhor.

11.                       O educador otimista é o que sabe que os insucessos podem ser experiências de aprendizagem óptimas.

12.                       O educador otimista é aquele que gosta de si, se aprecia e auto-elogia.

13.                       O educador otimista é aquele que atenta na construção da imagem positiva dos seus educandos e se assegura que eles acreditam nas suas potencialidades, valorizando-os permanentemente.

14.                       O educador otimista é aquele que sabe que os outros têm sempre boas razões para se comportarem como se comportam, e que mesmo nas pessoas ou situações mais difíceis é possível ver talentos e excelências.

15.                       O educador otimista é aquele que sabe que as melhorias têm de começar por si próprio.

16.                       O educador otimista é o que sabe lidar de forma controlada e sem abuso com as emoções mais negativas que os seus educandos lhes provocam.

17.                       O educador otimista é o que sabe comunicar com eficácia, ouvindo-se interiormente e ouvindo mais do que falando, respeitando mais do que impondo.

18.                       O educador otimista é o que sabe transformar problemas em desafios e limitações em energia geradora de soluções.

19.                       O educador otimista é o que transmite e vivencia, com o corpo e as palavras, ALEGRIA, FELICIDADE e ENTUSIASMO.

( In Educar para o Optimismo)

Creche, um espaço de CRESCIMENTO!


A CRECHE, UM ESPAÇO DE CRESCIMENTO!

A Creche deve assumir-se como um espaço de qualidade e não como mero “depósito” de crianças pois como refere Gabriela Portugal “ As oportunidades proporcionadas durante os primeiros anos são a base para a criança construir a sua visão da realidade.” ( revista Apei- Educação e Cuidados para Crianças até aos 3 anos; 21013,p.18)





Sou Educadora !

Sou educadora de Creche e afirmo-o com todo o orgulho, e enquanto profissional de educação defendo os princípios de igualdade e o respeito pela criança como ser único, com interesses e necessidades próprias. Não há crianças iguais, não há “receitas” para trabalhar com as nossas crianças, tudo tem de partir da observação que fazemos diariamente e da parceira que temos que estabelecer com as famílias. As famílias deixam-nos um bem precioso, confiam em nós, e também elas devem ser envolvidas no percurso de desenvolvimento das suas crianças.

Acredito que algo está a mudar no modo como o educador de Creche é visto, há muitos colegas nas formações relacionadas com Creche, há partilhas e troca de ideias, há vontade de inovar e de provar que a Creche é tão importante como o Pré- Escolar. Julgo que não devemos centrar-nos em avaliar quem é mais ou menos importante, todos somos importantes quando nos assumimos como educadores e temos o dever de dar o nosso melhor, todos os dias, centrando-nos no principal, a (s) CRIANÇA (s).

Na Creche, o que eu sinto é que ainda há muito aquela ideia (retrógrada) que a nossa função passa pelo “mudar fralda e dar papinha” (e infelizmente é uma ideia manifestada por muitos educadores), também passa por essas funções e por rotinas que são tão importantes, mas passa por mais do que isso. E começa por nós educadores mudarmos as mentalidades provando diariamente o quanto somos importantes para o percurso de desenvolvimento das nossas crianças, não nos assumindo como protagonistas mas estando ao lado da criança proporcionando-lhe experiências que vão contribuir para a sua formação enquanto ser humano. Neste sentido não posso deixar de referir um provérbio que faz parte dos valores em que acredito enquanto EDUCADORA.



“ Diz-me e eu esquecerei

Ensina-me e eu lembrar-me-ei

Envolve-me e eu APRENDEREI!”



Mas afinal que educadora quero eu ser?

Pretendo ser uma profissional de qualidade com quem as crianças se sintam Felizes, em quem os pais e Instituição tenham confiança, e isso passará por um processo pessoal de aprendizagem contínua (ter capacidade de aprender com as nossas crianças). E por isso é tão importante, todos os dias, reflectir e aprender pois só assim conseguirei um objectivo fulcral, ser uma profissional de qualidade. Mas acredito que a resposta completa a esta pergunta só a conseguirei dar no dia que deixar de trabalhar com crianças, quando, juntando todas as experiências, todas as estratégias que fui adoptando, reflectir sobre que educadora fui eu, e acreditem que trabalharei diariamente para no dia em que o fizer puder fazê-lo com orgulho daquilo que fiz e não lamentando por aquilo que não fiz.

Finalizo este texto como iniciei, A CRECHE É UM ESPAÇO DE CRESCIMENTO, e cabe a nós educadores alterar as mentalidades provando com um trabalho diário de qualidade com o nosso grupo de crianças que é possível (e livrem-se de virem com a desculpa do apenas mudar fraldas e dar papinha), e que o que fazemos em Creche é tão importante para o desenvolvimento das nossas crianças, são os alicerces da sua construção como pessoa, mas é necessário esta valorização começar em cada um de nós, EDUCADORES DE QUALIDADE!





A minha caminhada até Educação de Infância




O meu nome é Ana Luísa, sou EDUCADORA DE INFÂNCIA (com muito orgulho).

Como cheguei até aqui (Creche)?

 Bem, o meu percurso parece que foi feito ao contrário, comecei por tirar formação no curso Professores E.B-1ºciclo, que adorei, mas chegada ao “mundo do trabalho” as coisas não começaram como queria que era dar aulas, e, por obra do “acaso” fui parar à Creche e JI de Benavente tendo sido contratada para dar apoio escolar às crianças do 1ºciclo que frequentavam o ATL. Não fiquei desiludida, comecei a trabalhar com crianças, e ainda não estando a dar aulas podia contactar de perto com a área. Entretanto fui contratada como professora titular para fazer uma substituição que se traduziu num mês a dar aulas em Silves. A experiência foi muito enriquecedora, no entanto, também fui confrontada com alguma desilusão, não é fácil ser professor, há que lidar com falta recursos para realizar um trabalho de qualidade, as deslocações (no meu caso, para muitos KM longe de casa…)

Retornei à Creche e JI de Benavente, e no início desse ano letivo fui convidada para desempenhar funções de Coordenadora Pedagógica, funções que desempenhei durante 5 anos. E foi aqui que me fui construindo como profissional, não foi um caminho fácil mas foi aqui que “cresci” e descobri o caminho que queria fazer, começou a nascer o desejo de aprender mais sobre o mundo da “ EDUCAÇÃO DE INFÂNCIA”. E após 6 meses de ser mãe, mergulhei numa aventura sem retorno, após um complexo processo de equivalências em algumas escolas superiores de formação, ingressei no Curso Licenciatura em Educação Básica seguindo-se o Mestrado em Educação Pré- Escolar.  Em 2015 o sonho realizou-se e comecei a desempenhar funções de Educadora de Infância como responsável da sala 2 anos, foi nesse momento que comecei a minha caminhada na Creche que para mim desde há muito tempo era bem mais do que um “mero depósito de crianças”, é na verdade onde tudo começa…e tem sido uma caminhada tão FELIZ onde me encontrei profissionalmente, e onde tenho CRESCIDO tanto!

E assim nasce o blogue...

Um passarinho sussurrou-me um segredo : Parece que escrevo muito e porque não criar um blogue?
É verdade, gosto muito de escrever sobre as minhas aventuras como Educadora de Infância pois considero que tenho a melhor profissão do mundo, aquela em que todos os dias temos tantas novidades para registar. Todos os dias cresço tanto como os meus pequenotes e são tantas as lições que me dão, são eles que me fazem ir pelo caminho em que acredito, são eles que me provam a cada dia que vale a pena dar o tudo de nós ( e mais qualquer coisa). E assim nasce este "cantinho", um espaço de palavras, mas sobretudo um espaço de Emoções!