quinta-feira, 27 de dezembro de 2018


Adeus 2018… olá 2019!


Definição de reflexão

1.ato ou efeito de refletir ou refletir-se

2.mudança de direção, ou mudança de sentido na mesma direção

3.ponderação, meditação

4.comentário, pensamento






Estamos naquela fase do ano em que o “mundo” entra em fase de reflexão. Mas isso não deveria acontecer todos os dias? 
Eu acho que sim, e para mim é imprescindível, eu que sou rotulada de extremamente reflexiva (para alguns até de mais…). Não considero um defeito, gosto de pensar sobre o que vivo, sobre cada detalhe, pois só assim o vivido tem realmente significado. E em Educação de Infância é fundamental refletir, seja sobre o tanto que vivenciamos, seja sobre o que observamos, é mesmo muito importante “ ter as antenas sempre ligadas”. É fácil? Mas quem disse que o caminho mais fácil é o melhor? Não é nada fácil, e é algo que se vai aprimorando com o passar do tempo, com a experiência… mas há um aspeto que considero importante manter, o sermos genuínos nas nossas reflexões, o termos a capacidade de vermos o lado bom mas também o lado menos bom, e sim, o mundo não é cor de rosa, e sim há dias menos bom, e curiosamente é nesses dias que conseguimos retirar as maiores aprendizagens. Ainda que a capacidade reflexiva faça parte de mim, nesta fase de final de ano é tempo do “ Balanço”, que caminho percorri até agora? Que caminho vou seguir? Que sonhos tenho? Que desafios vou abraçar?

2018 foi um ano que marcou a mudança na minha vida profissional, e consequentemente pessoal, em que troquei o meu emprego de educadora numa IPSS por um projeto meu, Ninho dos Corujinhas”… foi um ano marcado por tantos momentos, por tanto crescimento profissional e pessoal. Tem sido fácil? Não, trabalho muito mais, mas não é apenas um emprego, faz parte de mim e marcará com toda a certeza a minha vida… um desafio desafiante… o concretizar de um Sonho… têm sido meses de seguir o caminho em que acredito em Educação de Infância, na companhia de uma equipa de sonhadoras como eu, das famílias, e principalmente dos nossos pequenotes. Enquanto educadora acredito que a minha função é crescer ao lado de cada criança, viver com elas os vários momentos, vê-las crescer a cada dia… mais do que estar ali para lhes ensinar seja o que for, estou (estamos) para crescer com cada uma delas, ao seu ritmo, respeitando-a como pessoa… e isto foi na prática que aprendi, e não foi fácil para mim que vinha de uma formação de professora do EB-1ºciclo enraizada num método muito tradicional, foi uma aprendizagem que fui fazendo (e continuo a fazer) e que surge através das minhas reflexões sobre aquilo que vivo… e felizmente, sou uma privilegiada, e espero um dia dizer “ Fui Educadora”! Mas hoje já posso afirmar que SOU FELIZ no caminho que percorro… 

2018… a marcar um ponto de viragem na minha caminhada, com tantos momentos, tanto SENTIR, tanto, tanto… 2019 estou à tua espera, que venha muito mais…

A Crescer, todos juntos, somos FELIZES!

domingo, 16 de dezembro de 2018

Vamos Viver o Natal!!!


  FESTA DE NATAL: Viver o Natal ou " massacre " de Natal?


15 de dezembro de 2018… a 1ºfesta no meu/nosso Ninho dos Corujinhas, mais uma data tão Especial que guardarei nas minhas memórias.

Ao longo dos anos participei em várias Festas de Natal na Instituição onde trabalhei, e havia algo que cada vez mais me inquietava, quer pela experiência que tinha como por observar a realidade de outras instituições:

- A Festa de Natal não deveria ser um momento para ESTAR, estar com as famílias, partilhar… para viver o Natal?

Faz sentido investir tanto tempo e energia em ensaios, verdadeiros “massacres” para as crianças para no dia da Festa estarem em cima de um palco em que têm de estar perfeitos? Afligia-me ver crianças a chorar, a tremer, olhar para famílias e ver olhares de tristeza (nenhum pai gosta de ver o seu filho/a triste, ainda por cima com uma plateia a assistir), afligia-me perceber que afinal as crianças, no entra e sai de palco, não usufruíam nada da Festa (que supostamente deveria ser delas), afligia-me a energia que se despendia nas semanas antes em algo que não fazia sentido para as crianças (logo reflecte-se em pouco envolvimento)… afligia-me…

Por isso mesmo, numa nova realidade, no Ninho dos Corujinhas, em conjunto com a educadora Ana Rita, um dos nossos objetivos para o projeto “ Natal é Especial” é que a Festa seria um momento que faria parte do projeto, tal como outros momentos, sendo necessário haver um fio condutor, e algo fulcral para nós, o mais importante é garantir que as crianças se sentem FELIZES. 
E assim, aconteceu a Festa de Natal, com uma atividade para as crianças e que pudessem usufruir com as suas famílias e connosco, tendo em conta o gosto por ouvir canções planeamos um “Concerto mais Pequeno do Mundo “  com Ana Love ( uma jovem cantora de Coruche), seguindo-se a entrega dos presentes que cada criança fez para a família, e também a entrega de presentes às crianças, finalizando a Festa com um lanche partilhado (em que cada família deu contributo).

O balanço? Como profissional é um privilégio  fazer parte de momentos tão especiais como foi esta tarde, todos juntos vivemos o Natal, o estar junto, o partilhar, o conversar, o comemorar… e que bom observar os Sorrisos dos pequenotes, o brilho no seu olhar, tinham com eles pessoas que tanto gostam a usufruir de MOMENTOS… o Natal não se ensina, vive-se, e não é preciso grandes produções artísticas, do simples consegue-se tanto…

Uma Festa de Natal para guardar em mim pessoal e profissionalmente, que me provou tanta coisa que me afligia há alguns anos… e afinal pode ser tão simples… o mais importante deve ser sempre proporcionar momentos em que cada criança se sinta Feliz!

·         Um agradecimento muito especial à equipa Ninho dos Corujinhas, só é possível pelo Amor
 que depositamos no que fazemos: Ana Rita; Mafalda; Manuela;


·         Um obrigada à nossa cantora Ana Love pelo momento musical;


·         OBRIGADA às famílias por acreditarem, por estarem, por confiarem









OBRIGADA aos protagonistas, os nossos Corujinhas, com quem é um privilégio crescer a cada dia…



A CRESCER, TODOS JUNTOS, SOMOS FELIZES!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018


Educadora, estou a VER-TE!!! 

Sou pequeno (a) mas quero DESCOBRIR… quero EXPLORAR… quero APRENDER… quero e quero, e quero…

“Por mais novos que sejam, bebés e crianças estão poderosamente auto motivados para explorar e aprender- ao seu próprio ritmo, através dos seus próprios meios. A aprendizagem desenvolve-se a partir da sua atividade intrinsecamente motivada. Ninguém precisa de lhes dizer como se aprende ou de desencadear as suas acções. As suas próprias escolhas e desejo de autonomia e iniciativa bastam para tal” ( Educação de bebés em Infantários; pág.28)

Esta foto remete para esse desejo de querer Descobrir, para a curiosidade dos meus pequenotes, e ainda que não verbalizem por palavras, o seu olhar traduz essa mesma curiosidade. Centram-se nos materiais, centram- se em mim, centram-se em sons (caixa música), centram-se em texturas… os maiores centrados mais nas imagens do livro, e a Nonô, a mais pequenota de apenas 6 meses com o seu olhar totalmente direcionado para mim. O que motiva a curiosidade desta bebé? Será a voz, serão os adereços, será a minha postura corporal… na minha opinião, é o conjunto de tudo que mobiliza este seu olhar interessado e focado em mim… e sim, estamos sempre a ser observados pelos pequenotes, o modo como falamos, os nossos sorrisos, os nossos não sorrisos, a nossa roupa (cores e texturas), a nossa voz, o nosso olhar… e eles olham-nos diretamente… o olhar mais puro e verdadeiro que existe, e a partir do momento que começam a falar manifestam-no por palavras de um modo tão espontâneo… tudo o que fazemos, como fazemos é foco da sua curiosidade que procura sempre novidades nesta sua descoberta do meio que os rodeia… há uma vontade natural de DESCOBRIR E EXPLORAR.
E nós , profissionais de educação temos de ter isso em conta quando pensamos no caminho  que queremos percorrer ao seu lado, procurando trazer essa novidade tão desejada, a curiosidade existe mas devemos estimular (sem exageros) partindo das informações que cada criança/grupo nos dá quer através de palavras mas também da sua linguagem corporal que nos exige um olhar muito atento.
Cada dia é feito de momentos nossos, e não são apenas as crianças que estão a CRESCER, nós, adultos, crescemos tanto com cada um deles…
E assim… Todos Juntos, a Crescer Somos Felizes!

sábado, 1 de dezembro de 2018

Educadora... dar papinha e mudar fraldas??


Ser Educadora? Em Creche?


Eu, que estudei para ser professora do 1ºciclo, e que cheguei a pensar que seria aquele o meu caminho, a vida deu uma volta inesperada e levou-me para a Educação de Infância. Ainda bem!

A minha primeira experiência foi como educadora na sala de 2 anos e lembro-me de ouvir muitas vezes, até durante o percurso de formação:  “ Isso de estar em Creche nem é preciso estudar, é só mudar fraldas e dar papinha”.  O meu percurso como educadora não é muito longo, mas de uma coisa tenho a certeza, mesmo para dar “papinha e mudar as fraldas” é preciso saber o que se está a fazer e fazê-lo com profissionalismo , neste campo da alimentação há imensos pormenores a ter em conta como introduções alimentares, alergias, relação que se estabelece com cada criança, perceber ritmo/gostos de cada criança (…), no campo da Higiene ter cuidado de fazer muda regular, perceber sensibilidade de pele de cada criança, perceber sinais que as crianças nos dão (…)

Então não me chega “dar papinha e mudar fralda”? NÃO… há tanto para aprender, todos os dias, com cada criança, com o grupo, com as famílias… e não há crianças iguais, não há grupos iguais, não há famílias iguais… e NÃO HÁ RECEITAS, há sim o nosso dever profissional de sermos humildes o suficiente para aprender todos os dias. E sim há um suporte teórico que precisamos ter para nos dar as “ferramentas” necessárias e aliar ao que vivenciamos na prática, é importante ter capacidade de observar, sobretudo com crianças pequenas que não é através das palavras que comunicam mas sobretudo através do seu próprio corpo que nos transmite os sinais do que a criança sente, do que tem necessidade… mas exige que eu esteja lá com ela, que nos olhemos verdadeiramente, que nos permitamos sentir…

Para mim, trabalhar com crianças pequenas é um desafio diário que me estimula à observação sobretudo dos detalhes pois é isso que me dá informação fundamental para como hei-de estar com aquela criança, com aquele grupo… as rotinas vão-se construindo na relação de confiança que vamos estabelecendo entre nós… e sim o inicio do ano letivo é um momento difícil para a criança, mas também para nós, mas a verdade é que é um momento em que nos vamos descobrindo e adquirindo progressivamente uma relação de confiança e passa por nós profissionais promovermos momentos que envolvam a criança/grupo, que estimule a sua curiosidade, o seu interesse…

E há depois uma parte que para mim é a fundamental, o estabelecermos a nossa relação emocional, a criança sentir confiança em nós, sabendo diferenciar que não somos os pais/família, mas que somos também parte da sua vida, do seu quotidiano… somos nós que vamos passar maior parte dia com ela, somos nós que vamos ter privilégio de presenciar tantas novidades (primeiras palavras, primeiros passos, primeiros conflitos, primeiras pintadelas, primeiros saltos…)

E as famílias? São os nossos parceiros mais importantes… quem ama mais a criança? Quem a conhece melhor? Quem quer o melhor para ela? E as famílias devem fazer parte da rotina da sala, não tem mal nenhum perguntarem, não tem mal nenhum sugerirem, não tem mal nenhum partilharem… as portas da sala é para estarem abertas à presença das famílias… cada criança tem a sua família que é para ser envolvida, que é para ser respeitada ( e para mim isso é um ponto muito IMPORTANTE, o que a família nos transmite é sigilo não é para se andar a falar fora do âmbito sala, a isso se chama profissionalismo )

Afinal o que é isso de ser Educadora? Para mim, um desafio diário que me estimula a dar o melhor de mim, é um privilegio fazer parte do percurso de crescimento dos nossos pequenotes e vê-los a cada dia CRESCER, e permitirem que eu cresça com eles é muito ESPECIAL… para mim, ser educadora também é dar "papinha e mudar fralda", mas é mais do que isso, é muito mais… é tanto SENTIR que não há palavras que o consigam descrever… para mim… mais que um percurso profissional, faz parte de mim!

PROJETO NATAL É ESPECIAL!

Vamos começar mais um projeto no nosso Ninho dos Corujinhas e como chegamos a este plano orientador? Para nós, enquanto profissionais, é importante termos um fio condutor, ainda que este não seja um plano rígido, há sempre a possibilidade de retirar algo ou acrescentar. O importante é começar pelo que desperta mais interesse nos grupos, e neste projeto vamos iniciar com uma canção de uma versão do Panda e Caricas pois as crianças já manifestaram em certos momentos apreciar este tipo de canções e também a personagem Panda. Por outro lado, as canções são um excelente recurso, estimulam os vários sentidos, aliando o emocional com o físico (o mexer o corpo). Partindo da canção procuraremos trabalhar todas as outras áreas de desenvolvimento, e ainda que pareçam estar separadas, dificilmente se conseguem dissociar umas das outras.
Refiro mais uma vez que este é um plano orientador, e é este o desafio de quem trabalha com crianças pequenas, o ter abertura para retirar algo (ou porque grupo não aprecia, ou por questões logísticas…) ou acrescentar (ou porque de casa vem uma história, um elemento decorativo, um alimento…)
Como profissional, o Natal é um projeto como todos os outros, a ser pensado partindo da criança e do grupo, onde devemos procurar estimular à DESCOBERTA, à EXPLORAÇÃO, à CURIOSIDADE, ao BRINCAR… mais do que produzir produtos ou investir tempo e energias em decorações, o mais importante é termos os nossos momentos de um CRESCER FELIZ!


domingo, 25 de novembro de 2018

Sonhos de Natal...


Memórias de Natal

QUANDO EU ERA PEQUENINA…


Em cada um de nós, nas nossas memórias, há o nosso Natal de criança, bem diferente dos dias de hoje… melhor ou pior? Diferente! Os tempos eram outros, vivamos de um modo mais simples, com menos consumismo, um Natal mais feito de sentimentos do que de coisas materiais… e há momentos que em nós ficaram e se fecharmos os olhos, e nos permitirmos, conseguimos sentir sons, cheiros, sensações… ir ao baú das memórias sabe bem!

Lembro-me do pinheiro de Natal, era o meu avô Joaquim que ia buscar ao pinhal (hoje sei que não seria o melhor para a Natureza), o cheiro a pinhal único, e eu sempre quis um daqueles pinheiros gigantes, o que vinha era um pinheirito que o meu avô cortava com a machada e amarrava à sua bicicleta… não era o pinheiro com que eu sonhava, mas era o nosso pinheiro de Natal. A juntar ao pinheiro trazíamos o musgo para usar no presépio, lembro-me da faca de metal que o meu avô colocava por baixo do musgo para separar da terra… lembro-me do cheiro do musgo…

Os enfeites eram simples, as luzes na sua maioria estavam fundidas, poucas fitas e bolas, mas os enfeites que eu mais gostava, alguns chocolatinhos de Natal que apenas seriam comidos após passar a época festiva, lembro-me do sabor meio a sabão mas era o melhor chocolate do mundo!

Os presentes…  lembro-me de ter desejado muito um móvel azul de brincar (tipo louceiro composto por loiça minúscula) que havia na loja da dona Maria do Carmo (mercearia perto da nossa casa), e sim ganhei esse presente… durante muito tempo foi o meu tesouro… quando sonhamos e concretizamos é assim… especial!

Lembro-me da minha avó Custódia estar fazer as filhoses, ela tratava da massa e o meu avô fritava, o cheiro… que maravilha!

Lembro-me de nos juntarmos à mesa, do simplesmente estar….

E Natal, para mim, é isto, é estar, é construir memórias dos momentos, memórias de sons, de cheiros, de sabores, de imagens… de Sentir… pois são as memórias que fazem quem nós somos… que as novas gerações encham o seu baú de muitos momentos especiais…


sábado, 24 de novembro de 2018

Loucura Natal ou Natal loucura???


1, 2, 3… A “ LOUCURA” NATAL VAI COMEÇAR!


DIAS ESPECIAS, aquela coisa meio institucionalizada não sei por quem pois não há registo legais disso mesmo, marcam que no final do DIA DO PIJAMA se começa com o Natal. Na próxima 2ªfeira começa o “ concurso decorações de Natal”, as caixas cheias material saem das dispensas, mas ainda assim parece não ser suficiente, e começa o ataque a revistas de moldes de Natal, a invasão de lojas das Evas, purpurinas e afins…

Assumo já que não sou anti Natal… sou anti a loucura de decorações de Natal em que as salas parecem um circo em que o importante é “dar nas vistas”, mesmo que isso resulte num empenho de energias no que menos importância tem. Não será mais importante VIVER O NATAL com o nosso grupo e famílias? Para mim Viver o Natal é explorar os vários elementos relacionados com o tema procurando estimular a descoberta, e isso passa por ouvir histórias, escutar canções, decorar o nosso espaço com as nossas produções ( e podem não resultar em elementos decorativos perfeitos, mas resultam em produtos feitos pelas crianças, logo com significado para elas)… de que nos vale ter uma árvore de Natal lindíssima na entrada da instituição e nunca termos ido com o grupo visitar e explorar esse elemento? Assumo que não tenho jeito nenhum para obras de arte de decoração, não gosto e não tenho paciência, mas não me envergonho disso, não é isso que faz de mim um profissional de qualidade… prefiro estar com o grupo e VIVER O NATAL, que privilégio estar com eles nas suas descobertas, respeitá-los nos seus gostos e perceber os seus medos, sim porque muitas vezes o excesso de decorações traduz-se em Medo ( eu próprio já o presenciei).  

Mas as famílias vão olhar-te de lado por teres a sala tão “ mal decorada”? Não vão… a família vai perceber o nosso VIVER O NATAL pois vai ser envolvida (tal como em qualquer outro projeto), a família quer que eu esteja com a sua criança, quer sentir que chega ao final dia e eu sei falar sobre o dia da criança, quer que durante a sesta eu esteja lá de corpo e alma a vigiar e não esteja num corredor a fazer decorações ( e eu também já vivi o quão importante é esta vigilância, pode fazer a diferença entre a vida e a morte), a família quer ver na sala trabalhos da sua criança ( verdadeiras obras rimas)… a família quer ver a sua criança FElIZ!

Decorações, decorações, decorações à parte….venham presentes

Venha a linha de montagem PRENDA DE NATAL… após as decorações começa a elaboração do presente de Natal para a família … e quanto mais elaborado e brilhante for melhor! Não sou anti presente de Natal… sou anti fazer um presente perfeito que se vê perfeitamente que a criança apenas deve ter imprimido a sua marca com um dedo de tinta (muitas vezes ultra perfeito), sem que pudesse sequer explorar um pouco isso que é mexer em tinta. As famílias vão olhar-te de lado se receberem um presente feio? Não… as famílias vão adorar receber um presente feito pela sua criança, tendo em conta as suas capacidades… um dia destes essa mesma criança vai crescer e vai elaborar um presente perfeito, mas na caixa dos tesouros aquele presente “feio” vai ser lembrança do seu tempo de criança.

Festas ou Festarolas, eis a questão…

Segue-se a FESTA DE NATAL… pessoalmente as melhores Festas de Natal que tive foi aquelas que aconteceram em sala (costumo chamar Festa entrega da prenda à Família), no espaço que é da criança, do grupo, da família … em que o importante é estarmos juntos, realizar uma atividade para as crianças (ex: hora conto; Concerto mais pequeno MUNDO…) usufruírem acompanhadas de quem gostam, para as crianças darem o seu presente aos pais… e sim, são momentos muito especiais em que estamos a Viver o Natal e a sua essência. E não sou anti FESTA DE NATAL, sou contra torturas de Natal, em estarmos em palco com as crianças e o seu medo é tal que tremem ao nosso colo… compensa fazer as crianças passarem por isso em nome sei lá do quê (sei mas não quero dizer a palavra para não ferir susceptibilidades)?

Este é o caminho que sigo e cada qual segue o seu caminho e faz as suas escolhas, espero, pela qualidade da Educação de Infância, e seja em qual projeto for, que pensem primeiro em cada criança e no grupo… nos seus interesses, nos seus gostos, nos seus não gostos, nas suas capacidades tendo em conta a faixa etária… e a energia que é canalizada durante o Natal para tantas tarefas (que podem não ser assim tão importantes) que seja despendida no que realmente interessa… viver momentos em que todos juntos CRESCEMOS FELIZES!

QUE O NATAL SEJA VIVIDO DE UM MODO MUITO ESPECIAL!

Natal é ESPECIAL!



Vivendo Momentos de Natal
( Propostas para miúdos com graúdos)… Teatros, horas conto, exposições, feira livro…


O Natal está chegar, aliás ele já anda por todo o lado… principalmente nos anúncios de TV , verdadeiros bombardeamentos, que invadem as nossas casas e nos fazem ouvir constantemente “ Quero isto, e quero aquilo, e mais aquilo” … E sim, temos uma batalha pela frente… manter a Magia do Natal ( que é bem mais do que mero consumismo)… e porque não proporcionar momentos especiais às nossas crianças, e são tantas as ofertas.

As propostas que vou apresentar surgem dos meus próprios gostos e incidem em momentos que poderão ser especiais para os pequenos e graúdos vivenciarem juntos  ( não há qualquer interesse politico, comercial, religioso…)

Começo por apresentar propostas da minha vila de Coruche pois considero ser o ponto de partida, usufruir o que o nosso meio tem para nos dar…



 Ainda mantendo-me em zonas próximas da minha vila, apresento as propostas do Município de Santarém









Outras propostas…









Para mais propostas  não deixe de ir a…



Que seja uma Natal repleto de MOMENTOS ESPECIAIS

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

GUERRA ABERTA ÀS GRIPES!! E nós não somos INFETÁRIOS!!



Preparem-se paizinhos vão começar as ranhocas de várias cores, as tosses, as febres e febrões, noites mal dormidas… as gripes estão cada vez mais poderosas e vão atacar em força… e lá vai perguntar o pediatra “ Anda no INFETÁRIO ?” (esquecendo-se que os hospitais são verdadeiros focos de propagação de doenças, especialmente quando fazem as crianças permanecer horas e horas sem fim…). A nós, profissionais de educação, ninguém nos prepara para sermos “profissionais de saúde”… mas nós preparamo-nos o melhor que conseguimos… e há pormenores que podem não ganhar a “guerra” contra os vírus mas que podem aliviar… e todos queremos o melhor para as nossas crianças… e sim num mundo ideal criança doente tem de ficar em casa, mas nem sempre é possível, especialmente neste mundo laboral em que os empregos são cada vez escassos, em que cada vez há maior exigência…
Como educadora não tenho receitas, o que vou fazendo resulta da experiência que fui adquirindo ao longo dos tempos, e todos os dias estamos a aprender… uma das minhas ferramentas mais preciosas são dois livros do Pediatra Mário Cordeiro ( o Grande livro do bebé; o livro da Criança) , compostos por linguagem muito simples e esclarecedora. Outra ferramenta importante, mas que temos de ter sempre ativa, é a OBSERVAÇÃO… especialmente em crianças mais pequenas que não verbalizam o que sentam mas que o manifestam através da sua linguagem corporal, é importante perceber todos os sinais e perceber cada criança ( há crianças que podem estar com febre e não ter testa quente, mas estarem mais apáticas- na dúvida medir sempre a temperatura). Outra medida importante é quando começam as ranhocas ir colocando soro ao longo do dia, alivia bastante e pode fazer toda diferença no bem estar da criança (por exemplo, se for comer toda entupida a criança não irá comer nada)… eu sou assumidamente ADEPTA DO SORO, apesar de ser algo que raramente crianças apreciam compensa pelo bem estar que lhes pode dar (lembro-me perfeitamente de ter pedido ajuda ao pediatra dos meus filhos para me ensinar a colocar soro de um modo mais eficaz ). Outra medida, é muito importante ir dando água ao longo do dia, especialmente agora em que a vontade beber água diminui, é importante que o adulto insista pois a hidratação é essencial. Outra medida, ter muita atenção ao modo como se utiliza o ar condicionado, somos nós que regulamos a temperatura por isso é responsabilidade nossa, e eu própria já ouvi muitas vezes “ As creches parecem salas de choco, abre-se a porta e vem lufadas de ar quente”… mais uma que ninguém nos ensina, eu pedi mais uma vez apoio do pediatra dos meus filhos, se tivermos de usar ar condicionado não é colocar em altas/baixas temperaturas (por exemplo para quente se nos sentirmos bem andar de t-shirt é porque temperatura está muito alta)… sinceramente prefiro que as crianças tenham roupa adequada a ligar temperatura pois estamos num local fechado dia todo e respirar aquele ar quente só vai levar a maior propagação de vírus, durante a sesta sou mesmo contra, é preferível ter roupa de cama adequada, e nesta situação, com todos grupos que tive pude ver resultados positivos . Outra medida, no final dia, aquando da limpeza, é importante arejar a sala, deixar entrar ar puro, eu sei que não é agradável estar fazer limpeza com corrente de ar, mas este é um aspecto importante, deixar as salas respirarem . A medida mais importante de todas é manter sempre comunicação com os pais/ famílias, é importante haver troca de informação, se pais tiveram de medicar criança de manhã deve referir à equipa de sala, é preferível do que se estar a duplicar medicação, se a criança tiver febre é agir e medicar-se ou se necessário em caso pico de febre usar a banheira, e depois entrar em contato com a família… primeiro, e sempre primeiro, o bem estar da criança…
Somos profissionais de educação, damos o nosso melhor, não temos soluções e quem nos dera que os nossos pequenotes não adoecessem… mas damos o nosso melhor, e eu, enquanto educadora recuso-me a que chamem as nossas salas de INFETÁRIOS… a minha recusa passa por tomar medidas que possam proporcionar bem estar às nossas crianças…

domingo, 18 de novembro de 2018

Escrevendo histórias...



Tens uma história sobre rebuçados? E sobre isto? E sobre aquilo? E porque não escrever uma história?

Há uns anos (uns bons anos) estava eu ainda frequentar curso professores E.B-1ºciclo, quando tive o privilégio de integrar uma acção formação dinamizada por António Torrado. Foi um dia muito especial para mim, um verdadeiro tesouro, ouvimos histórias contadas por António Torrado, lembro-me de pegar numa pequena caixa musica que o acompanhava durante a narração em que o próprio rodar da manivela parecia fazer parte da história, porque será que é um dos materiais que mais gosto de utilizar quando conto histórias? Além disso fizemos vários exercícios de elaboração de histórias utilizando várias técnicas que nos foi apresentando, e há uma que deve ser das que utilizo mais, a partir de uma imagem real construir uma história mas usando a nossa capacidade de Imaginar, de Sonhar…

Existem imensas histórias de qualidade, mas quantas vezes queremos uma determinada história e não encontramos o que realmente pretendemos. E porque não escrever a nossa própria história? Sim somos Educadores, mas também somos um pouco de tantas coisas… e porque não ser um pouco escritor?? Queremos um certo tema porque achamos que há interesse por parte do nosso grupo mas não encontramos a história ideal, então é perder os receios que só são impeditivos de caminhar em frente, e Acreditar e Concretizar. E porque não pegar numa imagem real e dar assas à Imaginação? Porque não tem mal nenhum IMAGINAR, SONHAR, BRINCAR COM AS PALAVRAS… se queremos crianças capazes disso tudo, temos nós mesmos de dar o exemplo, porque o que nos marca faz parte de quem somos (até uma simples caixinha de música pode fazer a diferença)

É fácil? Não é nada fácil, pois implica sair da nossa zona de conforto, implica sair da caixa, implica arriscar… mas é tão mais gratificante…



Um desafio a mim…

Escrever uma história a partir de uma imagem real… a imagem pertence a Tânia Prates e foi tirada aquando do Festival de Balonismo em Coruche (2018)… para mim esta imagem é verdadeiramente Mágica, daquelas que observamos mas que nos põe logo a viajar pelo mundo da Imaginação… uma imagem que nos põe com a “ cabeça nas Nuvens” e desperta muito SENTIR! E assim nasce a história “A MENINA DOS CARACÓIS ANDA COM A CABEÇA NAS NUVENS !!! ( personagem inspirada na Tânia que é uma menina de caracóis e com um sorriso muito genuíno)




(Até onde poderei sonhar... #SuperoOsMeusLimites Sector No Limits








 ERA UMA VEZ…

A MENINA DOS CARACÓIS ANDA COM A CABEÇA NAS NUVENS !!!

A Menina dos Caracóis adorava olhar para o céu e inventar histórias com as imagens que as nuvens desenhavam, umas vezes via um enorme elefante, outras vezes uma pequena flor, um coração, um dragão… era o seu jogo preferido. Mas ela queria mais, a Menina dos Caracóis queria tocar nas nuvens, queria cheirar, queria saboreá-las, queria ouvi-las, queria vê-las bem pertinho … queria SENTIR as nuvens! A mãe achava graça à Menina dos Caracóis e até lhe dizia uma coisa que ela não entendia muito bem “ Andas sempre com a cabeça nas nuvens”!

Ela era muito teimosa, e cada vez que olhava para o céu invadido de nuvens de vários tamanhos e formas ainda queria mais realizar este desejo.  E o dia chegou, a Menina dos Caracóis estava na janela do seu quarto e observou balões de ar quente a invadir o céu da sua vila, subiram tão alto, tão alto, mas mesmo muito alto, que tocavam as nuvens desaparecendo por entre elas. E nisto, a Menina do Caracóis resolveu pedir ajuda ao senhor dos Balões Mágicos explicando-lhe qual era o seu SONHO! O senhor dos Balões Mágicos, sorriu e disse-lhe que o que ela desejava era muito difícil mas que ia ajudá-la. A Menina dos Caracóis subiu para o Balão Mágico que começou a subir, a subir, a subir, e olhando em redor ela observava outros Balões Mágicos que invadiam o céu, mas depressa o seu olhar fixou as nuvens que estavam em seu redor. Os olhos da Menina dos Caracóis brilhavam como duas pedras preciosas, o seu coração pulava sem parar, seria Medo? Não, a Menina dos Caracóis estava a concretizar o seu SONHO. O senhor dos Balões Mágicos observava-a com um sorriso cheio de ternura e agradecimento por vê-la a realizar o que tanto desejava.

A Menina dos Caracóis esticou a sua mão, esticou, esticou e fechou os seus olhos, e assim ficou por alguns momentos… olhou para o senhor dos Balões Mágicos e sorriu, com um sorriso daqueles que iluminam o céu e a terra… ele perguntou-lhe porque sorria assim, a Menina dos Caracóis respondeu-lhe que descobriu o que queria e por isso estava Feliz, descobriu que a Nuvens eram fofas lembrando-lhe o colo da sua mãe, cheiravam a maçã e canela, sabiam a algodão doce, o som delas era igual ao da sua caixinha de música, e que, apesar de parecerem brancas eram afinal compostas por todas as cores do arco iris.

E assim a MAGIA aconteceu, a Menina dos Caracóis ACREDITOU e realizou o seu SONHO, e quando isso acontece o Mundo fica mais ESPECIAL!

Texto de Ana Luísa
Imagem Tânia Prates






terça-feira, 31 de julho de 2018

A equipa Ninho dos Corujinhas

A equipa Ninho dos Corujinhas…

A equipa- só gente sonhadora e saudável…

Ana Luísa- educadora de infância. Desempenhava funções há 13 anos numa IPSS. Despediu-se em Maio 2018 para abrir portas do Ninho dos Corujinhas.

Ana Rita- educadora de infância. Desempenhava funções há 10 anos numa IPSS. Despediu-se em Agosto 2018 para vir integrar a equipa no Ninho dos Corujinhas.

Mafalda- auxiliar ação educativa. Encontrava-se desempregada. Integrou a equipa do Ninho dos Corujinhas durante 2 meses em regime voluntariado.

Manuela- cozinheira. Desempenhava funções num restaurante há 16anos. Despediu-se para integrar a equipa Ninho dos Corujinhas.

Uma equipa mobilizada pelo Acreditar, pelo trabalhar, pelo Sonho que se tornou de cada uma de nós.
O Sonho que virou Concretização… que se traduz em momentos diários de CRESCER FELIZ!





sábado, 14 de julho de 2018

Era uma vez...

PORQUE HÁ PESSOAS QUE NOS INSPIRAM
Para mim quem escreve um livro infantil tem poderes mágicos, de um modo simples tem a capacidade de nos levar numa viagem simplesmente maravilhosa. O Cuquedo de Clara Cunha é um desses exemplos, como de um modo simples de "brincar" com as palavras andando de lá para cá e de cá para lá somos convidados a fazer uma viagem tão divertida, tão cheia de Sentir, que nos desperta Sorrisos, que nos desperta sensações… A nossa língua portuguesa ganha vida, as palavras ganham movimento, sons… e assim do simples se consegue a grandiosidade…
Um dia destes perco a timidez e realizo este Sonho que está fechado numa gaveta… as minhas palavras… a minha viagem pelo mundo da Imaginação… um dia destes… entretanto vou sentindo estas inspirações tão boas que me despertam tanto Sentir… 


terça-feira, 10 de julho de 2018

Blog a Crescer Somos Felizes + Ninho dos Corujinhas



Em modo ALTA DEFINIÇÃO comigo mesma, Ana, Ana Luísa ou Luísa

2018

Ana Luísa, 39 anos, Educadora de Infância… estou no blog “ A Crescer Somos Felizes” como sou… simplesmente Emocional…



O meu percurso parece que foi feito ao contrário, comecei por tirar formação no curso Professores E.B-1ºciclo, que adorei, mas chegada ao “mundo do trabalho” as coisas não começaram como queria que era dar aulas, e, por obra do “acaso” fui parar à Creche e JI de Benavente tendo sido contratada para dar apoio escolar às crianças do 1ºciclo que frequentavam o ATL. Não fiquei desiludida, comecei a trabalhar com crianças, e ainda não estando a dar aulas podia contactar de perto com a área. Entretanto fui contratada como professora titular para fazer uma substituição que se traduziu num mês a dar aulas em Silves. A experiência foi muito enriquecedora, no entanto, também fui confrontada com alguma desilusão, não é fácil ser professor, há que lidar com falta recursos para realizar um trabalho de qualidade, as deslocações (no meu caso, para muitos KM longe de casa…)

Retornei à Creche e JI de Benavente, e no início desse ano letivo fui convidada para desempenhar funções de Coordenadora Pedagógica, funções que desempenhei durante 5 anos. E foi aqui que me fui construindo como profissional, não foi um caminho fácil mas foi aqui que “cresci” e descobri o caminho que queria fazer, começou a nascer o desejo de aprender mais sobre o mundo da “ EDUCAÇÃO DE INFÂNCIA”. E após 6 meses de ser mãe, mergulhei numa aventura sem retorno, após um complexo processo de equivalências em algumas escolas superiores de formação, ingressei no Curso Licenciatura em Educação Básica seguindo-se o Mestrado em Educação Pré- Escolar.  Em 2015 o sonho realizou-se e comecei a desempenhar funções de Educadora de Infância como responsável da sala 2 anos, foi nesse momento que comecei a minha caminhada na Creche que para mim desde há muito tempo era bem mais do que um “mero depósito de crianças”, é na verdade onde tudo começa…e tem sido uma caminhada tão FELIZ onde me encontrei profissionalmente, e onde tenho CRESCIDO tanto!

Após 13 anos na Creche e Jardim Infantil de Benavente volto a ser surpreendida pela vida e surge um novo DESAFIO, o desafio da minha vida… em Coruche, a vila onde habito havia um edifico de Creche encerrado há alguns anos, e houve oportunidade (após alguma reflexão) de adquirir o referido imóvel… e assim começa mais uma AVENTURA… termino o meu percurso profissional na Creche e Jardim Infantil de Benavente para abraçar este nosso projeto… Ninho dos Corujinhas… um espaço que se quer assumir como mais do que o espaço físico, quer ser palco de muitos projetos de qualidade em Creche e JI, pretendemos que seja um espaço de Emoções, um espaço onde todos juntos (crianças, equipa, família, meio) VAMOS CRESCER FELIZES !!!



Era uma vez um SONHO que se tornou uma REALIDADE…

No dia 1 de Agosto de 2018 o nosso projeto Ninho dos Corujinhas abrirá as suas portas… a partir desse momento será o espaço de reflexão do blog A CRESCER SOMOS FELIZES… refletiremos sobre os nossos projetos, os nossos SENTIRES… O Ninho dos Corujinhas e o Blog a CRESCER SOMOS FELIZES em sintonia para refletir sobre as nossas AVENTURAS, porque refletir é CRESCER…

Terminamos com a célebre pergunta de ALTA DEFINIÇÃO…

“ Ana, o que dizem os teus olhos?”
Os meus olhos são o espelho de mim, dizem que Acredito … que vou dar o melhor de mim a cada dia, que não vou parar (não consigo), que vou continuar a Sonhar (pés e cabeça na Lua), que vou continuar a querer CRESCER FELIZ!

Tenho em mim todos sonhos do mundo! (Fernando Pessoa) 





domingo, 8 de julho de 2018

EU ADORO LIVROS INFANTIS...

Livro “ Cocós, Xixis e Macacos no Nariz” ( Célia Gandres) 


Eu adoro livros infantis… adoro… adoro
foi uma descoberta que já fiz em adulta, e curioso sempre que me “apaixono” por um livro infantil acabo por descobrir que apesar de estar na categoria de Infantil são livros com mensagens que nos são transmitidas de um modo simples, puro, natural (que nada tem a ver com livros abebezados) e que têm capacidade de despertar muitas Emoções, muitos SENTIR. Um livro infantil, de qualidade, é aquele que pega em nós, nos abana as emoções, nos transporta para um outro mundo, o mundo da IMAGINAÇÃO… e é por isso que a categoria Livros Infantis é a que mais cativa o meu interesse, uma simplicidade, aparente, que se transforma numa Viagem verdadeiramente MÁGICA… 


Um dos livros que mais recentemente adquiri e “conheci” foi COCÓS, XIXIS E MACACOS NO NARIZ de Célia Gandres… e quando digo conhecer foi porque tive privilégio de estar numa Hora do Conto dinamizada pelo contador de histórias Bruno Batista, e esse momento foi mais do que apenas ouvir contar uma história, foi o vivenciar a história, as palavras, os sons, os sorrisos, as intervenções das crianças… quando uma história ganha “asas” é um momento único… 
Atelier " Cocós, Xixia e Macacos no Nariz"

Bruno Batista, o contador de histórias…


Como mãe já tinha explorado com os meus filhos a história o que se traduziu em momentos de muita “galhofa”, de muitos sorrisos, perguntas… 


















Como Educadora é uma história que irei utilizar brevemente, já tenho algumas ideias a brotar, até porque é um livro composto por três histórias que podem ser trabalhadas individualmente ou complementando-se entre si…
O que eu gostei no livro Cocós, Xixis e Macacos no Nariz?
- Abordagem de um modo descontraído de temas de que normalmente não se fala tão abertamente;
- Perceber-se que foi livro que nasceu no Coração, projeto assim conquistam-me logo;
- Linguagem simples mas igualmente divertida (a nossa língua portuguesa que permite este brincar com as palavras)
- Sintonia história com ilustrações;
- Possibilita despertar de sorrisos de um modo tão natural; 

Termino com um pequeno excerto do texto final, um bom texto para reflexão…
“ Portanto, esta nossa triologia ajuda-nos a crecer de dentro para fora e de fora para dentro!Pretende ser educativa (vejam bem este propósito), porque ao falarmos, ao rirmos, ao
repetirmos muitas e muitas vezes estes termos, estamos a deitar cá para fora, muito mais do que simples cocós, xixis e macacos no nariz. Estamos a interagir com o mundo que nos rodeia, dizendo para todos como vai estando o nosso interior.” 



Como somos muito curiosos colocamos algumas questões à autora Célia Gandres: 


- Como nasce a história? 
Esta história ou histórias porque são 3, nascem das crianças – estão sempre a falar de Cocós, Xixis e dos Macacos do Nariz e são temáticas que os adultos dizem logo – “Ai, não digas isso”, ou, “não mexas ai “ e como sabemos, estão muito ligadas aos nossos Afetos, fez-me todo o sentido esta coragem de escrever um livro para podermos todos falar à vontade sobre estas áreas. 

- De onde surgiu o nome? 
O nome surgiu da própria escrita – afinal, senti que não era necessário inventar outro nome e assim vamos logo direto ao assunto. Como é uma trilogia, tem as três histórias divididas mas, elas estão tão interligadas nas vidas das crianças e de todos nós que fez-me sentido assim mesmo, ficar com este título. 

- O que é para ti este livro? 
Este livro tem uma grande dose de coragem, de ousadia, de poder falar sobre temas que, muitas vezes , não falamos e que muitas pessoas nem acham sequer graça, vamos lá saber porquê!!! Este livro tem isso – coragem, ousadia e liberdade! Tem sempre que haver liberdade no que faço, só assim me faz sentido!!! 

- Como foi relação história (s) e ilustrações? 
Foi excelente! Este livro só resultava com uma boa ilustração e propus isso mesmo à Inês – queres ler e ver se te faz sentido ilustrares estas histórias? Porque afinal ela ia estar algum tempo a desenhar e a CrEar todos os desenhos e tinha que achar piada e fazer-lhe sentido também a ela. Não podia ter corrido melhor, porque a Inês Vargas fez um trabalho excelente e todas as nossas reuniões serviam para melhorar e perceber o que ia de encontro às minhas expectativas – dei-lhe total liberdade de, a partir do texto, fazer as ilustrações, que fez a aguarela e ficaram maravilhosas!!! 

- Para onde esperas que o livro voe? 
Para onde ele (livro) quiser voar eu vou atrás. Nem sequer imaginava que houvesse uma adesão tão grande e logo no dia do lançamento senti isso – estiveram lá mais de 100 pessoas e só aí percebi que havia interesse por parte das pessoas para levar este livro ás crianças! Para onde vai continuar a voar, não sei! É uma edição de autor, com a liberdade que tem mas, também, consequentemente limitações!!! Vamos continuar a acreditar que vai voar para casa e para as escolas de muitas crianças, só assim me faz sentido! 

- Como tem sido o livro recebido pelas crianças? E pelos adultos? 
Tem sido recebido muito bem – as Crianças têm adorado e os adultos também. Claro que não sou ingénua a ponto de pensar que todas as pessoas acham graça – sei de adultos que olham de lado e acham uma loucura (que eu também acho!!! – ah, ah!) mas, este livro tem muito para trabalhar com as crianças mais do que as próprias histórias – tem o que escrevo no final – a sua intima relação com os afetos que estão em nós e como isso é devolvido ás crianças nas suas angústias existenciais que colocam cá fora sobre a forma de cocó e xixis. Há muitos psicólogos que estão a comprar porque acham interessante para trabalhar em contexto clinico e há que
desmistificar tudo isto. Só quando falamos nas e sobre as coisas e estas temáticas é que começamos a ficar mais leves – no duplo sentido!!! 

- A trilogia vai continuar? 
Pois, é capaz mas, com outra temática mas, também que vem cá de dentro mas, não posso dizer mais nada porque está a ser escrito como vou conseguindo. 


Obrigada Célia pelas respostas que nos permitem conhecer ainda melhor este teu projeto … e ficamos aguardar novidades!!!